Apostar no Google (ainda) é um negócio arriscado para as empresas?

Publicado por: Redação
08/01/2015 19:21:40
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 Fabricante lança uma série de inovações que podem ser bastante atrativas às organizações. Algumas delas, contudo, não vingam

MATT KAPKO, CIO.COM

 

O Google ostenta um histórico invejável de lançamento de novos serviços. Muitas dessas novidades desencadeiam impacto sobre pessoas e empresas. Agora, convenhamos, nem toda novidade da gigante de buscas vale as apostas. Apesar dos inúmeros sucessos obtidos em sua história, a companhia coleciona fracassos importantes.

 

É claro que nenhuma empresa obtém sucesso em 100% de suas empreitadas. No entanto, quando falha ou decide jogar a toalha em um de seus muitos projetos, geralmente é um movimento que atinge uma repercussão de longo alcance – independente de tratar-se de uma solução usada por muita gente ou um produto de "baixa" adesão.

 

Apesar ascensão e o nome que forjou já gerar confiança, ainda existem muitas coisas que o Google não pode, não consegue ou simplesmente não quer perseguir. Assim, algumas empresas que admiram o modelo de inovação construído ao longo dos anos assumem riscos na hora de adotar conceitos não totalmente comprovados.

 

Gerentes de TI e CIOs podem aprender lições valiosas com produtos como o Wave (ferramenta de colaboração), Buzz, Reader, Jaiku (serviço de microblog), Dodgeball (aplicativo “tipo” Foursquare). Mesmo a incursão do Glass, apesar de soar muito interessante e promissora, deve ser avaliada com bastante critério pelas organizações.

 

Falhar é inevitável

 

Quando uma empresa apostar em um produto do Google, apesar de tudo, nada garante que o tiro não pode sair pela culatra. Afinal, o Google é falível como qualquer outra empresa. A questão é que a companhia de certa forma assimila e aprende com os fracassos e, como adota uma postura de inovação serial, pode se dar ao luxo de cometer alguns erros. Essa premissa pode não ser verdadeira para todo mundo.

 

“O Google tem todos os recursos para tocar projetos que miram a lua”, comenta Joanan Hernandez, fundador da startup de realidade aumentada Mollejuo. “É muito fácil para eles jogarem fora dinheiro em experiências, mas esse não é o nosso caso”, adiciona o empreendedor, que se empolga com as novidades trazidas pela companhia, mas adota cautela na hora de começar a usá-las em sua empresa.

 

Tomemos o Glass como exemplo. O projeto parece seguir a lógica de “beta” perpétuo depois da mudança dos planos originais que previam o lançamento ao longo do último ano. Além dos contratempos do projeto, ainda não há clareza sobre o posicionamento que a companhia quer dar a ferramenta, se é para consumidor final ou corporativo ou ambos.

 

Microcosmos

 

Nick Selby, CEO da StreetCred Software, afirma que investiu “alguns milhares de dólares” para transformar o Glass em uma solução orientada a segurança pública até perceber que esses recursos não dariam retorno nenhum.

 

Ele lembra que muito se falava sobre a capacidade de usar o wearable para essa finalidade. Seu otimismo sumiu quando percebeu que a tecnologia não estava totalmente pronta (e que possivelmente não estaria pronta em um curto espaço de tempo).

 

Selby, no entanto, insiste que a experiência não destrói a avaliação positiva que tem com relação a produtos do Google. “Eles possuem uma barra de inovação bastante elevada e ninguém consegue fazer o que fazem sem correr riscos”, comenta, para concluir: “Inovadores falham, é a natureza desse monstro. O Glass não funcionou para nós, mas isso não significa que o conceito seja totalmente falho”.

 

Fonte: Computerworld

 

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