São Caetano do Sul faz parte do Comitê de Cidades Brasileiras do Connected Smart Cities #

Publicado por: Redação
31/01/2015 10:36:53
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São Caetano do Sul
São Caetano do Sul


Com uma população de aproximadamente 150 mil habitantes (IBGE 2013), a cidade de São Caetano do Sul, localizada na região do ABC Paulista, é frequentemente vista nas listas de cidades brasileiras que oferecem melhor qualidade de vida para seus habitantes.

 

Alguns exemplos de projetos realizados estão diretamente relacionados ao desenvolvimento inteligente de cidades, como o Viver Melhor, um programa social que oferece 12 linhas de benefícios nas áreas da Educação, Saúde e Assistência e Inclusão Social, atendendo diretamente 16 mil moradores que comprovadamente precisam destes amparos; a coleta seletiva de resíduos em toda a cidade; ou o CittaMobi – um aplicativo na qual os usuários de ônibus na cidade podem acompanhar pelo celular, tablet ou pelo site, o horário de chegada dos ônibus, localização dos pontos e as linhas que atendem ao destino da rede municipal, dentre outros projetos.

 

De acordo com o corpo técnico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho – SEDERT –, estas e outras soluções desenvolvidas para São Caetano trariam também melhorias para grandes cidades.

 

“Cidades maiores possuem orçamentos maiores, que viabilizam a implantação de certos projetos. Nestes casos, observamos que buscam implantá-los por partes, pois a extensão do território não permite uma implantação geral de uma só vez, como se fossem várias cidades menores”.

 

Outro ponto destacado pelo SEDERT é de que os grandes centros urbanos, em geral, possuem uma estrutura administrativa pública mais robusta, com número maior de funcionários e com mais recursos disponíveis. Além disso, a própria sociedade civil tende a ser mais organizada, com empresas, associações civis e mídia mais maduras, fatores que, em grande medida, são significativos para o seu desenvolvimento.

 

Vale mencionar também que São Caetano do Sul tem o benefício de possuir 100% de infraestrutura urbana instalada (sistema de distribuição de água, coleta de esgoto e iluminação pública), o que libera receita para outras iniciativas. Mas cidades maiores que ainda não possuem as estruturas instaladas podem aproveitar as melhorias tecnológicas atuais e já realizar as novas instalações com o que há de mais moderno. Esta questão da infraestrutura instalada, portanto, passa a ser também um desafio para a cidade de São Caetano do Sul: o município é 100% ocupado, e qualquer modificação no espaço urbano sempre é muito custoso e complexo.

 

“Observando o cenário de forma mais abrangente, o desafio é grande tanto para as cidades pequenas como para as cidades grandes”.

 

Quando questionados sobre as maiores dificuldades para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes no Brasil, o corpo técnico do SEDERT menciona quatro desafios. Um deles é o orçamento, já que as cidades são cada vez mais pressionadas com despesas de custeio.

 

De acordo com o departamento, o modelo federativo brasileiro colocou para as cidades inúmeras responsabilidades ao cidadão, sem haver uma contrapartida de impostos suficientes para tal responsabilidade. “A falta de orçamento faz com que as cidades foquem mais na manutenção dos serviços, poucas vezes sobrando recursos para investimentos em inovação, avanços tecnológicos e melhorias. Instrumentos de parceria que poderiam diminuir este efeito, como as PPPs, ainda são pouco explorados, tendo em vista a resistência e desconhecimento da maioria das cidades sobre este modelo, e a desconfiança das empresas na atuação conjunta com as administrações públicas”.

 

A integração mais madura entre empresas e governo é outro ponto a ser discutido, de acordo com a Secretaria. “Muitas empresas produzem soluções fechadas para os governos, que acabam ficando refém de sistemas informatizados e processos que não são coerentes com as estruturas públicas. Para a consolidação de cidades inteligentes é necessária uma relação comercial mais harmônica entre as partes, baseada na parceria e não somente na relação de compra e venda”.

 

O envolvimento da sociedade Civil no processo democrático é outra questão fundamental, já que apesar de todos os instrumentos de participação institucionalizados em nossa legislação (consulta pública, transparência da informação, o próprio voto), o cidadão ainda não se envolve da forma ideal. “Muitas vezes a modernização do município depende do perfil do governante, e isto varia muito – é importante o envolvimento da sociedade neste processo, pressionando seus representantes para a implantação destas estruturas de cidades inteligentes”.

 

Por último, não se pode deixar de lado também o amadurecimento das estruturas públicas. “As administrações públicas ainda tem um grande caminho para se modernizarem. Muitas cidades não possuem um corpo técnico preparado ou até mesmo convencido para a implantação de projetos nesta linha, sendo que a manutenção dos serviços acaba sendo o foco único da atuação destas pessoas. O acesso aos recursos também é limitado em municípios com pouca estrutura técnica operante.”

 

Para conhecer melhor os projetos e soluções sendo implementados na cidade de São Caetano do Sul, visite o site www.saocaetanodosul.sp.gov.br.

 

O Connected Smart Cities reunirá empresas, prefeituras e entidades dispostas a fomentar o mercado de smart cities e encontrar maneiras de implementar soluções inteligentes nas cidades do País. O evento acontece de 3 a 5 de agosto de 2015, no espaço Pro Magno, em São Paulo.

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