CUSTO DA CESTA BÁSICA TEM COMPORTAMENTO DIFERENCIADO NAS CAPITAIS
Em maio, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 16 das capitais brasileiras e aumentou em outras 11, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-4,39%), Palmas (-4,25%), Salvador (-4,18%) e Vitória (-2,20%). Já as elevações foram observadas em Recife (2,89%), São Paulo (2,83%) e Aracaju (1,96%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 460,65), seguida por São Paulo (R$ 458,93), Florianópolis (R$ 446,52) e Rio de Janeiro (R$ 442,56). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,15) e Salvador (R$ 351,31).
Em 12 meses, 16 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (8,14%), Fortaleza (7,83%) e Aracaju (7,59%). As reduções ocorreram em 11 capitais, com destaque para Belo Horizonte (-4,38%), Brasília (-4,32%) e Manaus (-2,89%).
Nos primeiros cinco meses de 2017, 11 capitais acumularam alta, com destaque para Recife (9,03%), Aracaju (6,10%), Teresina (4,86%) e João Pessoa (4,82%). As maiores retrações aconteceram para Rio Branco (-13,34%), Cuiabá (-5,56%), Manaus (-5,10%) e Maceió (-3,59%).
Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em abril de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente. Em maio de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880,00.
CUSTO DA CESTA BÁSICA REGISTRA REDUÇÃO EM SALVADOR
Em maio de 2017, o custo da cesta básica na capital baiana registrou redução de 4,18%, em relação a abril de 2017 e passou a custar R$ 351,31, contra os R$366,63 registrados no mês anterior. Este é o segundo menor valor dentre as 27 capitais onde o DIEESE realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses, os gêneros alimentícios apresentaram redução de -0,79% em Salvador, de junho de 2016 a maio de 2017.
Em maio, as reduções foram registradas no preço médio do tomate (-30,10%), do açúcar cristal (-8,79%), do arroz branco (-5,09%), do leite (-3,42%), da banana da prata (-2,79%), do óleo de soja (-1,55%) e do café (-1,25%). Por sua vez, os aumentos ocorreram no preço do feijão carioquinha (13,85%), da manteiga (2,12%), do pão francês (1,95%), da carne de primeira (1,55%) e da farinha amarela (0,92%).
Em maio de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo Salário Mínimo, comprometeu 82 horas e 29 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em abril, houve um comprometimento maior. Naquele mês, foram necessárias 86 horas e 05 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o comprometimento foi de 40,75% em abril, percentual menor que os 42,53% de abril.
CESTA BÁSICA X SALÁRIO MÍNIMO
Em maio de 2017, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 92 horas e 43 minutos, menor que o de abril, 93 horas e 17 minutos. Em maio de 2016, o tempo era de 97 horas e 00 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, 45,81% do salário mínimo para adquirir os mesmos produtos que, em abril, demandavam 46,09%. Em maio de 2016, o percentual foi de 47,93%.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS[1]
Entre abril e maio, houve predominância de alta no preço da batata, pesquisada nas regiões Centro-Sul, da manteiga e do café em pó. Óleo de soja, açúcar e arroz tiveram redução média de valor na maior parte das cidades.
Coletada no Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a batata apresentou alta em todas as cidades, com destaque para as variações em São Paulo (26,09%), Curitiba (16,89%), Porto Alegre (16,61%), Brasília (14,59%) e Belo Horizonte (13,00%). Em 12 meses, houve retração em todas as cidades, entre -52,83%, em Cuiabá e -33,77%, em São Paulo. As chuvas e a oferta controlada do tubérculo fizeram com que o preço da batata tivesse elevação em todas as cidades.
Em maio, o preço da manteiga aumentou em 24 cidades. Os aumentos variaram entre 0,17%, em Vitória e 12,23%, em Recife. As diminuições foram anotadas em Goiânia (-1,57%), Palmas (-1,13%) e Rio Branco (-1,07%). Em 12 meses, o preço médio do produto registrou aumento em 27 cidades e as altas acumuladas ficaram entre 23,15%, em Porto Velho, e 58,73%, em Goiânia. O leite segue em entressafra e com oferta restrita. Os preços dos derivados apresentaram aumento, apesar da demanda enfraquecida. Já o preço do leite integral de caixinha, outro derivado, subiu em 10 cidades, com destaque para Natal (2,65%) e Florianópolis (1,93%); ficou estável em duas (Belém e João Pessoa) e diminuiu em 15, sendo que as maiores quedas foram registradas em Salvador (-3,42%) e Manaus (-2,91%). Em 12 meses, as taxas acumuladas positivas ocorreram em 22 cidades – com destaque para Teresina (11,62%), Cuiabá (11,14%) e Rio Branco (10,51%). Em Recife, o preço médio não variou e a queda mais expressiva foi anotada em Vitória (-4,51%).
O preço do café aumentou em 19 cidades, em maio. As variações positivas oscilaram entre 0,31%, em Teresina e Manaus, e 2,44%, em Belém. Nas demais capitais, houve redução, cm destaque para as taxas de Fortaleza (-7,75%) e Goiânia (-4,45%). Em 12 meses, todas as cidades mostraram alta, que variou entre 12,73%, em Florianópolis, e 39,81%, em Goiânia. Alguns motivos explicam o aumento: chuvas volumosas, valorização do dólar frente ao real, maior demanda e retração dos vendedores frente às incertezas econômicas e políticas do país.
O preço do óleo de soja diminuiu em 27 capitais, em maio. O recuo variou entre -10,54%, em Belo Horizonte, e -1,55%, em Salvador. Em 12 meses, o valor decresceu em 21 localidades, com taxas entre -11,80%, em Belo Horizonte, e -0,59%, em Goiânia. As altas acumuladas mais expressivas ocorreram em Aracaju (7,25%) e Salvador (6,11%). Apesar da maior exportação e demanda firme por óleo para o biodiesel, o preço interno do óleo de soja no varejo segue em trajetória de queda.
O açúcar apresentou queda de preços em 25 capitais entre abril e maio, com taxas que oscilaram entre -8,79%, em Salvador e -1,08%, em Porto Velho. Em São Paulo o preço não variou e aumentou em Maceió (0,69%). Em 12 meses, foram registradas altas em 14 cidades, com destaque para Campo Grande, 12,61%; estabilidade em Aracaju e Teresina e queda em outras 11, sendo a mais expressiva anotada em Brasília (-19,73%). Apesar das chuvas que dificultaram a colheita no início de maio e da forte alta do preço internacional do açúcar, no varejo, os preços seguem em trajetória de queda.
O preço do arroz diminuiu em 19 cidades, com variações entre -5,38%, em Fortaleza, e -0,27%, em Natal. Não houve variação de preço em Maceió, João Pessoa, Manaus, Boa Vista e Belém. Os aumentos foram anotados em Curitiba (1,89%), Porto Velho (3,17%) e Campo Grande (3,25%). Em 12 meses, 25 cidades mostraram alta, com taxas que variaram entre 1,70%, em São Paulo, e 19,68%, em Manaus. Em Belém, a taxa acumulada foi 0,00% e em Cuiabá, -0,31%. Apesar da retração dos produtores, que esperam elevação dos preços, a baixa demanda dos centros consumidores fez com que o preço do arroz diminuísse.
O feijão teve alta de preço em 14 cidades e redução em 13. O do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, apresentou comportamento heterogêneo. Entre as altas, destacam-se as de Porto Velho, (14,09%), Salvador (13,85%), Palmas (12,02%) e Belo Horizonte (10,48%). Nas capitais onde foi observada retração, as mais expressivas foram a de Manaus (-11,35%) e Fortaleza (-10,52%). Já o preço do feijão preto diminuiu em quase todas as localidades onde é pesquisado - capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro. Em Porto Alegre, a queda foi de -6,78%, em Vitória, de -5,51%, em Curitiba, de -3,17%, no Rio de Janeiro, de-1,38%. Em Florianópolis, o preço aumentou (1,01%). Em 12 meses, o valor do grão carioquinha diminuiu em todas as cidades pesquisadas: as quedas variaram entre -31,50%, em Belém, e -0,14%, em Manaus. Já o tipo preto, em 12 meses, aumentou em quase todas as localidades, com destaque para Florianópolis (10,07%) e Porto Alegre (8,70%). Em Curitiba, foi registrada retração de -9,15%. A escassez do grão de boa qualidade, no caso do feijão carioquinha, levou a uma grande oscilação de preços deste tipo em maio. As chuvas também dificultaram a colheita e a oferta foi reduzida. O feijão preto, apesar de ser um substituto para o feijão carioquinha, passou a ser importado da Argentina e teve o preço reduzido na maioria das cidades pesquisadas.
TABELA 1 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS
CUSTO (R$) E VARIAÇÃO (%) DA CESTA BÁSICA EM 27 CAPITAIS
BRASIL, MAIO DE 2017
Capital |
Valor da cesta |
Variação mensal (%) |
Porcentagem do Salário Mínimo Líquido |
Tempo de trabalho |
Variação no ano (%) |
Variação anual (%) |
Porto Alegre |
460,65 |
-0,76 |
53,44 |
108h10m |
0,36 |
3,88 |
São Paulo |
458,93 |
2,83 |
53,24 |
107h45m |
4,57 |
2,05 |
Florianópolis |
446,52 |
-1,55 |
51,80 |
104h50m |
-1,60 |
6,16 |
Rio de Janeiro |
442,56 |
-1,33 |
51,34 |
103h55m |
-0,27 |
1,50 |
Brasília |
422,53 |
-1,13 |
49,02 |
99h13m |
-2,13 |
-4,32 |
Vitória |
422,03 |
-2,20 |
48,96 |
99h05m |
-1,01 |
0,73 |
Fortaleza |
404,50 |
-4,39 |
46,92 |
94h58m |
2,62 |
7,83 |
Curitiba |
403,51 |
-0,26 |
46,81 |
94h44m |
-1,55 |
-1,59 |
Belém |
402,76 |
1,17 |
46,72 |
94h34m |
-1,94 |
-0,05 |
Cuiabá |
402,52 |
-2,16 |
46,69 |
94h31m |
-5,56 |
-1,85 |
Teresina |
397,38 |
0,02 |
46,10 |
93h18m |
4,86 |
5,79 |
Campo Grande |
395,11 |
-1,76 |
45,83 |
92h46m |
-3,17 |
-1,62 |
Goiânia |
392,72 |
1,00 |
45,56 |
92h13m |
1,52 |
1,94 |
Belo Horizonte |
390,60 |
-1,70 |
45,31 |
91h43m |
-1,03 |
-4,38 |
Boa Vista |
387,98 |
-0,26 |
45,01 |
91h05m |
-1,95 |
-2,24 |
Porto Velho |
385,76 |
0,47 |
44,75 |
90h34m |
2,14 |
6,91 |
João Pessoa |
383,81 |
0,34 |
44,52 |
90h07m |
4,82 |
6,20 |
Recife |
379,39 |
2,89 |
44,01 |
89h05m |
9,03 |
7,24 |
Maceió |
377,51 |
0,77 |
43,79 |
88h38m |
-3,59 |
5,69 |
Palmas |
376,15 |
-4,25 |
43,63 |
88h19m |
-1,81 |
1,70 |
Manaus |
374,92 |
0,25 |
43,49 |
88h02m |
-5,10 |
-2,89 |
Aracaju |
371,00 |
1,96 |
43,04 |
87h07m |
6,10 |
7,59 |
Macapá |
369,38 |
0,30 |
42,85 |
86h44m |
-0,24 |
-2,37 |
Natal |
364,97 |
-1,05 |
42,34 |
85h41m |
3,70 |
8,14 |
São Luís |
364,80 |
-0,21 |
42,32 |
85h39m |
2,45 |
1,30 |
Salvador |
351,31 |
-4,18 |
40,75 |
82h29m |
-1,08 |
-0,79 |
Rio Branco |
333,15 |
-0,01 |
38,65 |
78h13m |
-13,34 |
-0,64 |
Fonte: DIEESE
TABELA 2 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS
VARIAÇÃO MENSAL DO GASTO POR PRODUTO NAS 27 CAPITAIS (%)
BRASIL, MAIO DE 2017
Produtos |
Centro-Oeste |
Sudeste |
Sul |
|
||||||||
Brasília |
Campo Grande |
Cuiabá |
Goiânia |
Belo Horizonte |
Rio de Janeiro |
São Paulo |
Vitória |
Curitiba |
Florianópolis |
Porto Alegre |
||
Total |
-1,13 |
-1,76 |
-2,16 |
1,00 |
-1,70 |
-1,33 |
2,83 |
-2,20 |
-0,26 |
-1,55 |
-0,76 |
|
Carne |
0,31 |
-1,32 |
-0,65 |
-0,35 |
-0,55 |
0,09 |
3,16 |
0,13 |
0,55 |
0,00 |
-0,68 |
|
Leite |
-0,25 |
0,58 |
-2,57 |
-2,42 |
0,64 |
1,89 |
1,06 |
-0,59 |
0,29 |
1,93 |
0,35 |
|
Feijão |
6,18 |
7,02 |
-1,08 |
2,91 |
10,48 |
-1,38 |
2,81 |
-5,51 |
-3,17 |
1,01 |
-6,78 |
|
Arroz |
-1,21 |
3,25 |
-4,22 |
-1,07 |
-4,53 |
-3,15 |
-2,92 |
-2,23 |
1,89 |
-0,58 |
-4,79 |
|
Farinha |
-2,21 |
-1,25 |
-1,14 |
-2,39 |
-6,39 |
-3,49 |
-0,64 |
-2,39 |
-1,15 |
-2,47 |
0,00 |
|
Batata |
14,59 |
9,62 |
5,84 |
9,34 |
13,00 |
5,45 |
26,09 |
7,62 |
16,89 |
4,31 |
16,61 |
|
Tomate |
-12,91 |
-11,51 |
-13,54 |
6,91 |
-10,51 |
-10,43 |
-0,50 |
-17,47 |
-0,40 |
-12,76 |
1,20 |
|
Pão |
2,03 |
1,12 |
-0,51 |
1,52 |
0,87 |
-0,17 |
12,74 |
0,15 |
-0,64 |
0,37 |
1,07 |
|
Café |
-0,86 |
1,96 |
2,13 |
-4,45 |
-0,17 |
-0,07 |
0,99 |
-2,46 |
0,77 |
1,34 |
1,21 |
|
Banana |
-7,62 |
-10,79 |
-3,16 |
2,65 |
-17,27 |
-6,45 |
-10,35 |
-1,49 |
-7,51 |
-6,57 |
-7,41 |
|
Açúcar |
-2,01 |
-4,29 |
-1,59 |
-6,64 |
-2,13 |
-2,38 |
0,00 |
-6,61 |
-2,04 |
-4,06 |
-4,86 |
|
Óleo |
-5,57 |
-4,40 |
-6,21 |
-4,51 |
-10,54 |
-7,18 |
-6,58 |
-10,22 |
-9,00 |
-3,20 |
-7,66 |
|
Manteiga |
0,58 |
2,01 |
2,25 |
-1,57 |
3,32 |
6,39 |
3,41 |
0,17 |
2,53 |
3,67 |
3,31 |
|
(continuação)
TABELA 2 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS
VARIAÇÃO MENSAL DO GASTO POR PRODUTO NAS 27 CAPITAIS (%)
BRASIL, MAIO DE 2017
Produtos |
Norte |
Nordeste |
||||||||||||||
Belém |
Boa Vista |
Macapá |
Manaus |
Palmas |
Porto Velho |
Rio Branco |
Aracaju |
Fortaleza |
João Pessoa |
Maceió |
Natal |
Recife |
Salvador |
São Luís |
Teresina |
|
Total |
1,17 |
-0,26 |
0,30 |
0,25 |
-4,25 |
0,47 |
-0,01 |
1,96 |
-4,39 |
0,34 |
0,77 |
-1,05 |
2,89 |
-4,18 |
-0,21 |
0,02 |
Carne |
1,23 |
0,48 |
0,04 |
-1,17 |
-1,51 |
0,58 |
0,24 |
3,03 |
-2,71 |
-0,32 |
1,25 |
-0,50 |
-1,12 |
1,55 |
0,44 |
0,00 |
Leite |
0,00 |
-1,52 |
-2,13 |
-2,91 |
-0,28 |
0,28 |
-0,26 |
-0,53 |
-1,49 |
0,00 |
1,84 |
2,65 |
-1,73 |
-3,42 |
-2,66 |
-0,45 |
Feijão |
8,49 |
-5,34 |
-2,02 |
-11,35 |
12,02 |
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