Antes de fazer a matricula, reavalie a escola

Publicado por: Redação
02/01/2015 08:32:05
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Cortesia Corbis
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Consultora educacional dá dicas para uma escolha consciente



Com o final do ano letivo, as crianças ganham um período de diversão e descanso e os pais, a decisão ou não pela rematrícula. Na hora de optar por seguir com a instituição atual ou buscar uma nova, que atenda melhor às necessidades do estudante e da família, é preciso ter cuidado com alguns pontos essenciais, como proposta pedagógica, localização e estrutura física.

 


“Os pais devem ter a clareza de que a escola adequada é aquela que representará a extensão de casa, que não contrarie aquilo que a família prega, para que os mesmos valores sejam praticados em ambos os ambientes. Questões de cunho religioso também devem ser levadas em consideração. Assim, faz-se necessário uma pesquisa acerca das escolas que mais se encaixam dentro da realidade familiar”, explica Ana Paula Xavier, consultora educacional do FTD Sistema de Ensino.

 


Após uma primeira análise, e com algumas escolas selecionadas, é hora de visitar o espaço físico, se possível, em um dia habitual de aulas. E para não haver erros na escolha, Ana Paula destaca ser importante atenção a algumas questões:

 


1- Proposta Pedagógica


Um colégio pode adotar diversos tipos de metodologias, mas, em geral, as escolas dividem-se em dois tipos: as mais “tradicionais”, que miram o resultado, e as mais “abertas”, que respeitam a individualidade dos alunos e têm foco no processo de aprendizagem. A consultora explica que a melhor maneira de conhecer esses detalhes é agendar uma entrevista com o coordenador ou diretor pedagógico da instituição.

 


“Aproveite e questione que materiais didáticos a escola adota, como aborda o uso das tecnologias em sala de aula e a formação e atualização do grupo de professores. Também procure saber quem mais lidará com a criança além do corpo docente, como inspetores, auxiliares, coordenadores e orientadores pedagógicos”, ressalta.

 


Outra questão que merece atenção é verificar a carga horária da escola e as disciplinas que serão trabalhadas. “O contato com uma língua estrangeira e aulas de filosofia, empreendedorismo e robótica têm sido diferenciais apontados pelas escolas”, diz Ana Paula.

 


2- Localização

 


Moradores de grandes cidades sofrem com o trânsito. Por isso, é importante considerar a questão do deslocamento da criança e dos pais. Uma instituição mais próxima ou de fácil acesso facilita a participação da família, evita o desgaste dos filhos, bem como a necessidade da contratação de um transporte escolar.

 


3- Estrutura física

 


Para analisar esse item, é necessário que os pais coloquem-se no lugar dos filhos. “Se for uma criança pequena, muitas escadas podem vir a ser um problema. Ter espaço para brincar e salas variadas para a troca de ambientes deve ser o foco da análise. Também, banheiros adequados ao tamanho da criança, bem como a higiene e organização do ambiente”, pontua a consultora.

 


4- Mensalidade

 


Outro ponto que merece atenção, no caso das escolas particulares, é orçamento da família. Ana Paula lembra que a boa escola não é necessariamente a mais cara e sim aquela que os pais têm podem pagar. “Ao questionar sobre a mensalidade, acrescente itens como gastos com uniforme, material escolar e didático, passeios e festas. Tudo deve caber no orçamento familiar para evitar dissabores”, aconselha.

 


5- Necessidades da família

 


É importante, ainda, que os pais questionem o horário de funcionamento, bem como a possibilidade de flexibilização em caso de imprevistos. Se a escola oferecer período integral, é preciso conhecer as atividades a serem realizadas e questões sobre a alimentação.

 


Após essa análise inicial, Ana Paula destaca ser fundamental que os pais visitem a escola mais de uma vez para ter certeza de que suas primeiras impressões correspondem à realidade. E após a efetuação da matrícula, confiança e participação são indispensáveis.

 


“Procure participar de todo o processo educacional de seu filho, tenha ele cinco ou 15 anos. Só através desse acompanhamento é que os pais têm ciência de que tomaram a atitude correta. A reação do estudante é o grande termômetro de análise da situação. Não participar das atividades escolares e o baixo rendimento podem ser indícios de que algo não vai bem. Nesse caso, procure a escola e converse para entender. Não é qualquer problema que deve levar à troca de instituição. E se identificarem que não fizeram a melhor escolha, a mudança é a melhor saída. Lembre-se de que o grande foco deve ser a família e que ser humano quer que seu filho seja no futuro. Tenha em mente que o grande responsável pela educação de seu filho é você”, conclui a consultora educacional.

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