O fenômeno YOLO e os desafios para a retenção de talentos

Publicado por: Redação
05/01/2022 18:54:35
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Cortesia Editorial Rawpixel
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*Por Giovanna Calvo

Carpe Diem é coisa do passado! O fenômeno agora é o YOLO, sigla em inglês para You only live once” (você só vive uma vez, em português). Em linhas gerais, o movimento que traz à tona a insatisfação principalmente dos millennials, geração que nasceu entre 1981 e 1995, com o mercado de trabalho e as condições oferecidas pelas empresas atualmente, vem ganhando força e inspira cuidados.

 

Isso porque, no Brasil, os millennials já ocupam 50% das posições no mercado de trabalho, segundo um levantamento da ManPowerGroup. Além disso, um estudo da seguradora MetLife concluiu que os chefes dessa geração possuem propensão a burnout muito maior que os de qualquer outra geração, o que acende um sinal ainda maior de alerta.

 

Diante deste novo cenário, é imprescindível que o setor de Recursos Humanos fique atento e reinvente, criando alternativas para engajar esse profissional e reter talentos. E a tarefa, infelizmente, não é fácil! Isso, somado a nova realidade de trabalho híbrido trazida pela Covid-19, tem dificultado ainda mais essa movimentação, forçando a área a buscar alternativas para inovar.

 

A boa notícia é que a tecnologia tem trazido novas possibilidades para o RH, funcionando com o parceiro de inovação. Somada a essa tendência, temos o surgimento de startups focadas em auxiliar os gestores de Recursos Humanos a modificarem esse quadro, propondo novas soluções focadas no bem-estar dos colaboradores. Inclusive, esses profissionais são os que mais acreditam nos benefícios trazidos pelo cuidado com a saúde mental.

 

Prova disso é a pesquisa feita pela Gupy, startup voltada para recrutamento e seleção online, em parceria com a consultoria Ideafix, que mostrou que 54% dos 500 profissionais de RH ouvidos em todo o Brasil acreditam que a segurança psicológica será um dos principais indicadores de recursos humanos no futuro. Por isso, é cada vez mais importante ir além, e pensar no bem-estar do colaborador.

 

Entre as alternativas para a melhora desse quadro está a utilização de Práticas Integrativas e Complementares (PICs), tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças. Essas ferramentas, se aplicadas de forma estratégica e direcionada, a fim de engajar o time e fazer com que o “sentir” e o bem-estar estejam mais presente no dia a dia das corporações. 

 

Acupuntura, yoga, Técnica de Liberação Emocional (EFT) estão entre essas terapias e podem ser benéficas no ambiente corporativo. Além de auxiliar com o cuidado com os colaboradores, a metodologia também ajuda no desenvolvimento profissional dos indivíduos, auxiliando no engajamento das equipes, o que pode impactar diretamente no desempenho das atividades na empresa.  

 

Mais do que nunca, é preciso olhar para as pessoas individualmente, suas necessidades, seus anseios. A construção de processos que permitam o compartilhamento de feedbacks construtivos também pode ser uma ferramenta importante para entender os gaps de uma organização. Outro ponto é em relação à autonomia, principalmente porque muitas pessoas ainda estão trabalhando em casa, o que pode desencadear cobranças excessivas por parte da liderança, que não pode estar presencialmente checando o trabalho realizado.

 

Diante disso, é preciso dar autonomia a quem de fato faz um bom trabalho, sem trazer aquela sensação de “vigília” a todo momento. Isso pode desmotivar completamente um funcionário, fazendo com que ele busque novas oportunidades no mercado. Empatia aqui é a palavra-chave, use sem moderação e se reinvente sem medo!

*Giovanna Calvo é CMO da Naomm, empresa especializada em atendimento on-line em práticas integrativas e complementares (PICs).

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